Carolina assentiu e serviu sopa para José.
José hesitou por um tempo, embora já tivesse jantado, ele ainda queria usar o garfo e a faca. Carolina comia com cuidado e, assim que José colocou seus talheres de lado, ela também os colocou e começou a recolher os pratos. José, então, colocou os utensílios na lava-louças, algo que normalmente ele nunca faria.
— Nós somos parceiros de trabalho, fora do horário de expediente, você não é empregada. — José disse a Carolina para não se esforçar tanto com os afazeres. Carolina estava agachada ao lado da lava-louças, hesitando por um tempo.
Com as pontas dos dedos frias, Carolina olhou para o chão, desapontada. Cinco anos na prisão a deixaram completamente fora de sintonia com a sociedade, ela não sabia usar esses eletrodomésticos automáticos.
José, percebendo que Carolina estava parada, se agachou ao lado dela e olhou. — Eu também não sei usar essa lava-louças, amanhã a empregada lava. — ele disse baixinho.
Carolina olhou para José, sentindo seu