Rita permaneceu em silêncio. Sua garganta parecia amarga, como se tivesse engolido fel.
Ela nunca tinha visto Esther daquele jeito, implorando por algo, com o rosto cheio de lágrimas e os olhos completamente vermelhos.
O desconforto de Rita só aumentava, mas ela sabia que precisava dizer algo.
— Esther, o paradeiro do seu filho... Só o capitão Marcelo sabia. Mas agora...— Disse ela, com uma voz rouca, engolindo em seco.
O comunicado oficial sobre a morte de Marcelo já havia sido emitido. Mesmo procurando incansavelmente durante dias, ninguém conseguiu encontrar Marcelo.
Marcelo se foi. Sem ele, não havia mais ninguém que pudesse revelar o que aconteceu com a criança. Para ela, essa incerteza era um tormento constante.
As lágrimas de Esther escorreram ainda mais intensamente.
— Rita, isso é verdade? Você não está mentindo para mim, está? Eu... Eu só queria tanto ver meu filho. Eu... — A voz dela quebrou, e logo Esther estava chorando desesperadamente.
O coração de Rita doía ainda mais.