Esther sorriu discretamente. A dor que sentiu foi aguda, mas serviu para reafirmar que não estava sonhando. Marcelo estava realmente massageando seus pés, suas mãos fortes, mas gentis aliviando a dor que sentia.
Quando ele notou sua expressão de surpresa e o pequeno movimento de se beliscar, pensou que talvez tivesse sido muito brusco e perguntou, preocupado:
— Te machuquei?
Esther balançou a cabeça, seus olhos ainda arregalados pelo choque da gentileza inesperada.
— Não, não é isso. — Ela fez uma pausa, sentindo um nó na garganta, e continuou. — Só não esperava que você fizesse isso.
Para ela, a gentileza dele era surpreendente, quase inacreditável.
Marcelo levantou os olhos profundos e encontrou os dela, que brilhavam com uma mistura de surpresa e vulnerabilidade. Ele respondeu suavemente:
— Desculpe por qualquer coisa.
Esther balançou a cabeça novamente, sem dizer nada. Ela não se sentia maltratada. O que sentia era um amor não correspondido, uma mistura de dor e esperança que a co