Esther se aproximou devagar e falou com suavidade:
— Sua mão está bem machucada. Eu não encontrei nenhum remédio eficiente, mas pelo menos vou passar um pouco de antisséptico para limpar o ferimento. Se não cuidarmos disso, pode piorar, e talvez você nem consiga mais usar a mão. Ah, e ficar descontando sua raiva nessa bandeira não adianta nada.
O garoto apertava os punhos, o olhar fixo no tecido rasgado da bandeira, como se estivesse enfrentando seus próprios demônios.
— Um dia... — Disse ele, com com um tom de ódio. — Eu vou cortar a cabeça do Faraó com as minhas próprias mãos!
A sua avó, sua irmãzinha e sua irmão caçula... Todos mortos pelas mãos dos homens do Faraó. Eles levaram o pai dele. Ninguém nunca mais soube dele. Ele odeia aquele maldito do Faraó!
Esther ficou em silêncio por um momento, tentando encontrar as palavras certas.
— Eu também não gosto dele. — Disse Esther. — Mas, antes de qualquer coisa, você precisa cuidar de si mesmo. Se você não estiver forte, como vai enfren