Esther ouviu uma respiração pesada ao telefone, seguida pela voz de Luiz.
[Acho que estou perto, mas não tenho certeza... Depois disso, não sei como vai ser. Só sei que não posso levar o celular. Quem entra lá não pode carregar nada assim. Se descobrirem, vai ser um desastre. Por isso, espero que quem encontrar esse celular ligue para alguém da minha agenda e avise que eu estou vivo. Não só por ela, mas também por todas as pessoas que foram machucadas. Obrigado!]
A gravação se encerrava ali. Era só aquilo.
“Ele vai ficar bem!” Esther murmurava para si mesma, apertando o celular com força, como se isso pudesse trazer alguma segurança.
Depois de agradecer à pessoa que lhe havia passado a gravação, o telefonema foi encerrado, mas o desconforto permanecia.
O que era aquela tal organização? Sabia tão pouco sobre eles, e Luiz... Ele teria mesmo coragem de entrar lá? E, se entrasse, conseguiria sair com vida?
Os pensamentos se amontoavam, confusos e cheios de temor. Como explicaria isso para