Ao ouvir a voz de Esther, Marcelo soltou sua mão de imediato.
Marcelo olhou para o pulso dela e viu que o aperto havia deixado uma marca avermelhada ao redor. Esther olhou para a própria mão, chocada, sem acreditar que Marcelo tivesse agido com tamanha força.
Ela levantou o olhar, o encarando com uma expressão de descontentamento e mágoa. Marcelo, percebendo o impacto de seu ato, sentiu uma onda de arrependimento. Com um suspiro pesado, ele tentou se desculpar.
— Me desculpe, Esther... — Disse ele, com a voz soando quase apagada.
Mas para ela, essas palavras agora pareciam vazias. Afinal, ele realmente a tinha machucado, mesmo que de forma não intencional. Marcelo tampouco esperava ter perdido o controle assim, tão subitamente, como se houvesse algo obscuro tomando conta dele e revelando uma agressividade que não reconhecia em si.
Ainda abalada e com a raiva pulsando, Esther não aceitou as desculpas.
— Desculpa não muda nada, Marcelo. Você fez isso, não importa o quanto lamente agora.