Apesar de estarem divorciados, o sonho ainda deixou ela em um estado de puro pânico. Esther não conseguia mais dormir.
Ela acendeu a luz, colocou a mão sobre a barriga e, com algum esforço, se levantou da cama para beber um copo d'água. Sentiu a necessidade de se acalmar, mas a inquietação persistia. Pegou o celular e começou a procurar por notícias na internet, pois esse parecia o meio mais rápido de se manter informada.
Infelizmente, não havia qualquer atualização sobre o caso das mulheres assassinadas. Mas a apreensão continuava a assombrá-la. Pensou em Geraldo, desde a última vez que encontrou ele em seu estúdio, não o havia visto mais. Entre as tarefas diárias e o trabalho, nem sequer prestava atenção se havia alguma movimentação no apartamento ao lado.
Ela abriu a porta e saiu. O silêncio da madrugada era tão intenso que o som de uma agulha caindo no chão seria ouvido. Parada na porta de Geraldo, Esther hesitou, sem saber ao certo como se sentia.
Estava ciente de sua condição del