O olhar de Geraldo seguiu o dela, se fixando na porta com uma expressão tensa. Então, ele se dirigiu até lá e, ao abrir, viu Rita entrando.
Ela lançou a ele um olhar apreensivo, que deixava claro que vinha com perguntas na ponta da língua.
— Como você está? — Perguntou ela, com preocupação.
Mas, ao notar Esther atrás de Geraldo, Rita hesitou, surpresa. Seus lábios se apertaram, e ela preferiu se calar.
Para Esther, ver Rita naquele momento foi como levar um golpe. O ressentimento que havia sentido antes se transformou em algo ainda mais sombrio e profundo. Agora que sabia do veneno que consumia seu corpo, a piedade que havia tido por Rita se dissipava rapidamente, dando lugar à raiva e à amargura.
Ela avançou com passos firmes, encarando Rita.
— Então foi você. — Disse, sem disfarçar o rancor em sua voz.
Rita ergueu o olhar, mantendo a calma.
— Já faz um tempo, não é? — Respondeu com um tom neutro.
Mas Esther não perdeu tempo e foi direto ao ponto:
— Esse veneno foi você quem me deu,