Marcelo a ergueu nos braços sem o menor esforço, falando em um tom baixo, mas firme:
— Você não me escuta, então não tive outra escolha.
Esther, claramente irritada, protestou:
— Você é algum tipo de bandido? Forçando os outros a fazerem o que não querem?
— É melhor do que deixar você agir por impulso!
— Eu estou agindo por impulso? — Esther retrucou, encarando ele.
Os olhos de Marcelo ficaram sombrios, e ele respondeu com uma calma fria:
— Você esqueceu da última vez? Estava exausta, quase perdeu o bebê. E hoje, com essa história da Sofia, não foi muito diferente, né?
Ao ouvir isso, Esther baixou os olhos, e suas emoções, que estavam à flor da pele, começaram a se acalmar.
— E o que isso tem a ver com eu pegar um táxi para casa? — Ela perguntou, tentando manter a calma.
Marcelo a havia levado até o carro e a colocou no chão, seus olhos cravados nos dela com uma intensidade que a desarmou.
— E se você começar a sentir dor no meio do caminho? Agora há pouco não foi isso que aconteceu? —