Liliane pegou a garrafa de água, mas ao tentar beber, estava tão nervosa que acabou se engasgando, molhando-se toda.
— Calma, vai devagar. — Disse Esther, preocupada.
Liliane fechou a garrafa, suas mãos ainda tremendo. Ela olhou para Esther com uma expressão hesitante, como se estivesse reunindo coragem para falar:
— Obrigada por me ajudar agora há pouco. Se não fosse por você, eu provavelmente teria sido atacada por aqueles caras.
— E olha que você sempre parece tão durona, mas na hora H, deu pra trás. — Esther brincou, querendo aliviar o clima.
Liliane mordeu os lábios, abaixando a cabeça em sinal de vergonha.
— Eu sei, eu sei... Duas vezes eu te tratei mal, então é normal você querer me provocar agora.
— Deixa isso pra lá. Vamos, vou te levar pra casa. Se demorar mais, seu avô vai ficar preocupado com você. — Esther sabia que, ao salvar Liliane, estava fazendo isso também por Sandro, que adorava a neta. Se algo acontecesse com Liliane, o velho ficaria desolado, e Esther não consegui