Mesmo que não fosse possível mandar aquelas pessoas para a prisão, ao menos uma lição seria dada pela polícia.
— Esther, você não tem o menor escrúpulo! Que tipo de pessoa cruel você se tornou! — Uma das mulheres disparou.
— Cruel? Olha só quem fala! Se não fosse por mim, vocês já teriam espancado ela em grupo! — Luiz respondeu, irritado com a atitude das mulheres. Ele não conseguia acreditar que pessoas do mesmo sexo podiam ser tão cruéis umas com as outras.
— A gente não pode se defender? — A mulher de cabelo curto replicou com arrogância, sem demonstrar nenhum arrependimento.
Luiz queria rebater, mas Esther puxou ele pela manga, interrompendo-o:
— Não adianta perder tempo com gente que não vale a pena.
Luiz sentiu um calor no peito. O simples gesto de Esther, segurando sua manga, teve um impacto profundo nele. Embora o toque não tivesse um significado especial, para Luiz, significava muito. Afinal, Esther era a mulher que ele mais admirava, aquela por quem ele estava apaixonado, mas