“E acabou assim? Nem tentou mais nada?”, Esther estava gritando por dentro, mas no fundo era preocupação. Estava morrendo de medo que a mulher insistisse com Marcelo.
Não era ciúmes não, era receio mesmo. Medo de outra pessoa se apegar de verdade. Homem nenhum segurava onda com investida tão descarada.
— Marcelo, você é um sortudo, hein? — Ela soltou baixinho.
Do nada, alguém cortou o caminho dela. Quando ergueu a vista, caiu direto naquele olhar derretido do Marcelo.
— Ué, não tinha uma mulher atrás de você? Vai lá, aceita o convite dela...
— Então está bem, vou sim.
Esther agarrou o braço dele, dizendo:
— Nem pense nisso!
Marcelo aproveitou pra roubar um beijinho rápido e deu aquela risada gostosa.
— Pensar? Está maluca? Ter você e Estélio já me enche o coração.
Só aí o sorriso voltou pros lábios de Esther.
Aquele perrengue besta fez os dois esquecerem o climão do assédio. Curtiram a noite intensamente, comendo, bebendo, até ela começar a bocejar.
Estava tarde da noite.
Marcelo c