Lorena sentia uma dor imensa no coração, uma sensação angustiante, como se uma mão pesada apertasse seu peito, quase a fazendo sufocar.
Ela pensou: "Deus realmente é cruel. Mas eu não consigo mais cuidar do Domingos. Sempre que vejo o rosto dele, lembro da assassina que matou meu irmão."
Lorena não explicou nada. Com os olhos cheios de lágrimas, olhou para Domingos e disse:
— Domingos, me desculpe.
Depois disso, ela simplesmente se virou e saiu.
Domingos correu atrás dela, segurando firme sua mão, também chorando:
— Tia Lorena, o que foi que eu fiz de errado? Me fala, eu vou mudar. Não me abandona, por favor!
Mas, no fim, Lorena conseguiu retirar sua mão das dele e se afastou. Não importava o quanto Domingos a implorasse, ela não olhou para trás.
Quando Natacha saiu da sala de cirurgia, Domingos já estava sendo mantido pela enfermeira na estação de enfermagem.
Seu rosto estava marcado pelas lágrimas, e ele estava parado, em um estado de torpor, sem tocar na refeição que lhe