Lorena temia que Duarte notasse algo suspeito, então rapidamente colocou o livro de volta na estante, desviando o olhar dele e dizendo com indiferença:
— Eu estava lendo esse livro agora há pouco. Se você o estragar, como vou continuar lendo?
Duarte riu baixinho e respondeu:
— Isso é feito de papel, não de vidro. Como eu poderia quebrá-lo só porque caiu? — Ao terminar de falar, temendo que Lorena ficasse brava, ele se aproximou e a envolveu pelos ombros, tentando acalmá-la com doçura. — Se você gosta tanto, posso pedir para Enrico comprar mais alguns para você.
— Não precisa. Ainda não terminei esse. — Lorena recusou friamente.
Duarte não pensou muito no assunto. Afinal, livros nunca foram do seu interesse.
Lorena perguntou cautelosamente:
— Quando você pretende voltar? Já resolveu seus assuntos?
Duarte franziu ligeiramente a testa e, num tom contrariado, perguntou:
— Você quer tanto assim que eu vá embora?
Lorena não ousou responder diretamente e apenas murmurou ba