Duarte provavelmente nem olhou o identificador de chamadas antes de atender. Sua voz soou preguiçosa e irritada:
— Tão tarde... O que foi?
Lorena respondeu em um tom baixo:
— Sou eu.
— Rena? — O tom de Duarte mudou imediatamente. Ele perguntou, tenso. — Aconteceu alguma coisa?
Caso contrário, por que Lorena ligaria para ele a essa hora?
Com a voz embargada, Lorena perguntou:
— Te acordei? Eu estou bem, não precisa se preocupar.
Duarte soltou um suspiro de alívio e riu baixinho:
— Não me diga que sonhou comigo e, por isso, me ligou? Se for isso, vou ficar muito feliz.
Lorena murmurou, abatida:
— Eu tive um sonho, sim... Mas sonhei com a época em que fui vendida para o País N. Acordei assustada... Estou com medo...
Ao ouvir o choro contido de Lorena, Duarte sentiu o coração derreter instantaneamente.
Ele queria voltar naquele exato momento e envolvê-la em seus braços. Mas estando tão longe, tudo o que podia fazer era consolá-la:
— Rena, não tenha medo. Enquant