O coração de Lorena, mais uma vez, mergulhou no desespero.
Ela pensou: "Se ao menos Duarte pudesse entender... Se ele tomasse a iniciativa de me entregar o antídoto, mesmo que fosse apenas porque eu pedi, eu o perdoaria por todas as mentiras."
Desde o começo, durante todo o tempo em que estiveram juntos, Lorena sentia que sua jornada ao lado de Duarte havia sido um ciclo interminável de enganos e perdão.
"Mas, para perdoar, eu precisaria de pelo menos um motivo, não é?"
Ela soltou um riso amargo. Era irônico que, justamente agora, quando queria perdoá-lo, não conseguisse encontrar um único motivo para fazê-lo.
— Rena, tem coisas na vida que não vale a pena buscar respostas. — Disse Duarte. — A gente precisa olhar para frente. Por que insistir em lembrar do passado?
Lorena admirava a maneira como Duarte conseguia transformar suas mentiras em palavras tão retas e firmes, quase como se fossem verdades inquestionáveis.
"Que bom que não o confrontei diretamente sobre isso" pen