Lorena percebeu que a expressão de Duarte já não parecia tão assustadora quanto antes e, só então, soltou um suspiro de alívio.
Afinal, ela sabia muito bem o quão instável era o humor dele. Por isso, mesmo que sua aversão fosse intensa, não cometeria o erro de provocá-lo novamente.
No confronto entre o ovo e a pedra, era sempre o ovo que saía quebrado.
Lorena acreditava que, de alguma forma, conseguiria encontrar um jeito de se afastar dele.
Para acalmar Duarte, ela se levantou e caminhou lentamente até ele. Com um gesto suave e proposital, envolveu sua cintura e pousou o rosto delicado contra o peito masculino.
A submissão inesperada de Lorena dissipou instantaneamente a irritação de Duarte.
Ele retribuiu o gesto, abraçando ela com firmeza. Com uma das mãos, ergueu seu queixo delicado, e o olhar profundo e intenso de seus olhos negros cintilou com um brilho ardente. Sua voz ressoou grave e firme:
— Rena, eu vou resolver tudo para que você não precise mais se preocupar co