Lorena estava pálida como um fantasma. Naiara, por outro lado, sorriu ainda mais e disse:
— Espere e verá. Em breve, conseguirei formular o antídoto. Quando isso acontecer e sua memória voltar, talvez você perceba o quão ridículo é estar tão furiosa por causa de Duarte!
Após dizer isso, Naiara pegou sua mala e foi embora.
No caminho de volta, as palavras de Naiara ecoavam na mente de Lorena como um feitiço maligno.
Quem dirigia o carro era Enrico.
Ele tinha visto Naiara e Lorena conversando mais cedo. Embora não soubesse exatamente o que elas haviam dito, sentia um pressentimento ruim.
Observando o rosto pálido de Lorena pelo retrovisor, Enrico disse:
— Srta. Lorena, Naiara pode ser meio impulsiva. Se ela fez algo que a ofendeu, peço desculpas em nome dela.
De repente, Lorena perguntou:
— Que história é essa de antídoto?
Enrico se assustou tanto que, num impulso, parou o carro bruscamente no acostamento.
A reação dele só confirmava que Naiara não estava mentindo.