Manuel não pôde deixar de suspirar. Tamires, que sempre fora tão protegida por Silvestre e Dedé, parecia não ter a menor malícia. Seus pequenos truques eram superficiais e, no momento crucial, ela simplesmente não sabia o que fazer.
Porém, por algum motivo, Manuel sentia uma pontada de culpa.
"Será que eu deveria ter envolvido Tamires nesse enredo?"
— Manuel, por que você não fala nada? — Tamires estava quase chorando de tão aflita. — Você promete, por favor? Não vai entregar meu pai e meu irmão, senão eu não vou sobreviver a isso.
Manuel concordou, tentando acalmá-la:
— Está bem, eu vou ajudar você a encontrar sua cunhada. Mas não se preocupe tanto, vai para casa descansar um pouco, seus olhos estão todos vermelhos.
Tamires não tinha coragem de contar que, após chegar em casa ontem, passou a noite inteira chorando até o cansaço a fazer adormecer, sem saber nem quando tinha pegado no sono.
Nesse momento, Cláudio bateu à porta e interrompeu a conversa:
— Sr. Manuel, o client