Rosana se sentou quieta à frente de Manuel, seus olhos observando a nova bandagem em seu braço.
Era óbvio que a troca havia sido feita com mais cuidado, bem diferente da maneira apressada e desajeitada com que ela havia feito ontem.
A forma como ele estava agora envolto no curativo parecia profissional, o que a fez pensar na noiva de Manuel, que, como médico, certamente teria sido capaz de cuidar dele melhor.
Uma pontada de tristeza atravessou o coração de Rosana.
Mesmo agora, enquanto Manuel degustava o caldo de galinha que ela preparou, Rosana sentia que aquilo era uma espécie de recompensa, como se fosse um prêmio dado por Manuel, e não um simples gesto de carinho ou necessidade.
No final, Manuel não apenas terminou o caldo, mas também comeu todo o frango.
— Está bom. — Foi a avaliação dele, sincera e direta.
Rosana pegou a tigela, e em silêncio, foi até a cozinha lavar a louça.
Manuel a seguiu até a porta da cozinha, e com um tom casual, disse:
— Eu posso contratar uma empregada