Josiane olhou para ele, com o olhar calmo, mas a voz carregada de certa frieza.
— Mas Henrique, no final das contas, foi você quem não acreditou em mim.
As sobrancelhas de Henrique se franziram.
A voz de Josiane soou suave:
— Agora tudo está claro, mas e se, na próxima vez, alguém me incriminar e eu não conseguir explicar? Você vai continuar achando que fui eu?
Os lábios finos de Henrique se apertaram, formando uma linha reta.
Ele realmente não poderia garantir que acreditaria nela.
Ele fechou os olhos por um momento e, de repente, imagens passaram por sua mente. A mulher brincando com um brinquedo, o fazendo rir ao entregar o brinquedo a ele. Mas, no instante em que ele o pegou, o brinquedo explodiu.
Sua mão ficou coberta de sangue...
Situações como aquela, ele não conseguia contar quantas haviam acontecido.
— Então, para evitar esse tipo de mal-entendido, que tal nos divorciarmos? — Josiane disse.
Assim que eles se divorciassem, qualquer coisa que acontecesse com ele não teria mais r