Assim que terminou de falar, ela se preparou para sair do carro.
No entanto, a porta estava trancada, e Henrique não a destrancou imediatamente.
Ela olhou para ele, confusa.
Não era para ir visitar a Vovó Gomes?
Já estavam na porta, por que ele não saía do carro?
Henrique, com seus olhos estreitos e sombrios, a encarou e disse, com a voz baixa e magneticamente profunda:
— Josiane, como você pode ser tão cruel?
— Eu sou cruel? — Josiane olhou para ele sem entender.
A pessoa cruel sempre foi ele, não era?
O ambiente dentro do carro ficou silencioso por um momento.
Henrique continuou a olhar fixamente para ela, até que, após um bom tempo, disse:
— As coisas que você me disse, não as repita na frente da vovó. Você sabe como ela está, não pode receber esse tipo de estímulo.
— Eu sei. — Josiane assentiu.
Ela não estava tão perdida a ponto de não entender aquilo.
Henrique finalmente destrancou a porta e saiu do carro.
Josiane observou seu perfil, com um olhar distante, antes de forçar um sorr