O choro no quarto prosseguiu incessantemente.
Francisco permaneceu junto à porta, imóvel.
Não se podia determinar quanto tempo se passou, mas quando o choro finalmente cessou, ele observou o cigarro em sua mão.
Ergueu a mão e descartou o cigarro amassado na lixeira, pegou outro novo e se dirigiu à área destinada aos fumantes.
Olívia chegou após o trabalho.
Julieta se encontrava sozinha na cama do hospital, seus olhos ainda reluziam com o brilho das lágrimas recém-derramadas.
Olívia esboçou um sorriso constrangido.
- Na verdade, talvez seja melhor assim. Caso contrário... Você teria que cuidar da tia e do bebê sozinha, o que seria exaustivo.
Julieta precisou de um esforço imenso para conter as lágrimas.
Ela concordou com a cabeça.
- Eu sei.
Como poderia não estar ciente de sua própria situação?
Talvez, de fato, fosse melhor que o bebê não tivesse nascido.
Caso contrário, ele também padeceria junto a ela.
Contudo, seu coração permanecia insuportavelmente aflito.
Percebendo seu estado, Ol