O desprezo nos olhos de Julieta era evidente, sem qualquer tentativa de disfarce.
Francisco, por sua vez, não parecia se importar e se aproximou dela:
- O relatório de autópsia de Dario foi liberado.
Julieta deu um passo brusco:
- E então? A morte dele foi um acidente ou um homicídio?
- Homicídio, por asfixia. O período da morte coincide quase exatamente com o momento em que saímos juntos do beco.
Julieta sentiu um arrepio percorrer sua espinha. Ela jamais imaginou que, sendo uma vítima, acabaria se tornando uma suspeita.
- E as câmeras de segurança? - Carlos, incapaz de se conter, indagou.
Francisco fixou seu olhar em Carlos:
- Sr. Carlos acha que eu sou ingênuo? Após descobrirmos que Dario estava morto, verifiquei todas as câmeras. Naquele intervalo, apenas eu e Julieta saímos do beco.
A feição de Julieta se deteriorou instantaneamente.
“Quem estaria por trás do assassinato de Dario?”
“Qual seria o motivo?”
“Seria algo direcionado apenas a mim ou Francisco também está envolvido?”
Jul