Maya
Ele virou o restante do seu champanhe e me encarou dos pés à cabeça. Quando seus olhos chegaram ao meu, ele fez um bico com os lábios como quem estava jogando um beijo no ar para mim.
— Me diga, amigo... Onde conseguiu essa belezinha. Ela tem um ar de égua selvagem. Preciso de uma dessas.
— A encontrei aqui mesmo no Texas.
— Custou caro?
— Muito.
— Muito quanto? — O velho encarou Victor com olhos estreitos.
— Sete milhões.
O velho assobiou e arregalou os olhos.
— Deve ter uma boceta gostosa, não é?! — Estendeu a mão para tocar minha parte íntima e eu dei um passo para trás assustada.
Victor segurou o braço do homem com força e tomou minha frente.
— Não ouse tocar nela — disse entredentes.
— Pago o dobro.
— Ela não está à venda.
— Vinte milhões.
— Já disse, amigo — pronunciou sua última palavra com sarcasmo. — Ela... não... está... à venda — falou pausadamente.
O velhote riu alto e assentiu.
— Se apaixonar pela mercadoria é um erro. Vejo isso em seus olhos. Livre-se dela enquanto