No andar de baixo, segui direto para o escritório. As portas duplas estavam abertas e as luzes, acessas. Atrás da mesa de mogno, estava ele, escrevendo algo em um papel.
— O que está fazendo? — Aproximei-me.
— Uma pequena alteração.
— Em quê? — escorei-me à beirada da mesa, ao seu lado.
— No meu testamento.
Cruzei os braços à frente e bufei.
Eu odiava que ele mexesse nisso. Só servia para me lembrar que em algum momento nós teríamos um fim e isso é péssimo!
Ele colocou os papéis dentro de uma pasta e fechou-a.
— Precisava fazer isso no meio da noite.
— Precisava.
Levantou-se, ficando de pé diante de mim.
— Sabe que eu sempre acordo quando você deixa a cama.
Ele passou as mãos pelos meus cabelos, jogando-os de trás dos ombros.
— Eu só acordei e não parava de pensar no testamento.
— Não quero falar disso — falei firmemente, desviando o meu olhar dele.
Ele assentiu e puxou-me para um abraço apertado e caloroso.
— Volte para cama.
— Só se você vier comigo.
— Não me desobedeça, Maya. — O s