Maya
Segui-o em silêncio e ele abriu a porta dando-me passagem para entrar primeiro. Pette entrou em seguida e fechou-a nos dando privacidade. Tomou seu lugar atrás da mesa espelhada com base de ferro cromado. Fiquei parada de pé à sua frente enquanto ele abria uma pasta preta sobre sua mesa.
— Pode se sentar, eu não mordo — disse sem me dirigir o olhar.
Aproximei e me sentei em uma das poltronas postas à frente da sua mesa. Meu rosto formigava e minhas mãos suavam frio. Senti um nervoso de pura ansiedade gelar meu estômago.
— Gostei do seu trabalho — elogiou quebrando o minuto tenso de silêncio.
Ele recostou-se em sua cadeira e me dirigiu seu olhar duro. Pette era um homem bonito e jovem, mas seu jeito me intimidava. Seus curtos cabelos pretos eram bem penteados para trás e cheios de gel. A pele levemente bronzeada dava destaque a sua barba um pouco cheia e bem-feita. Seus belos olhos azuis eram o que chamava a atenção, nunca havia visto uma íris tão clara como a sua.
— Você aprendeu