Ela me encarou com o queixo erguido, desafiando-me.
— Bom, — disse estalando a língua — creio estar certa em relação a esse Ângelo. Acho que só pensa em se divertir. Realmente tem algo nele que me incomoda. — Concluiu, voltando ao seu normal, visivelmente querendo mudar de assunto.
— Estamos apenas no começo, Marina. Muita água vai rolar. Se ficar quietinha, posso continuar.
— Não é de o meu feitio ficar calada. Lembre-se, estou aqui para ajudar.
— Eu sei, querida. — Não resisti em pegar-lhe a mão e olhar profundamente em seus belos olhos. Sorri, diante de seu constrangimento, continuando com a leitura. As coisas começavam a ficar divertidas. Sabia que estava em um jogo em que poderia sair perdedor. Precisava arriscar, para minha própria saúde mental. Viver um amor platônico é interessante por