Ao retornar para a casa de Lily, percebi o quanto estava feliz. Ela me perdoara e ainda me proporcionara uma viagem de descanso. Embora ainda faltassem mais de duas horas, mal podia esperar para testemunhar o pôr do sol daquela maravilhosa varanda, acompanhado por um bom vinho.
Ao entrarmos na garagem, Deli sussurrou algo ao ouvido da patroa. Não quis me intrometer e entrei na casa. A mesa com chá, café e rosquinhas estava posta na varanda, e logo a anfitriã chegou para fazer-me companhia.
— Não nos cansamos de olhar para esse lago, não é? — Perguntou Lily, ao meu lado.
— Com certeza. Não sei o que é mais belo, o oceano agitado ou essa calmaria. Você está querendo trabalhar aqui. Tem um hospital aqui também? — Pergunto a ela.
— Não — sorriu Lily. — Até tenho, mas gosto de Cannes. Lá sinto a energia do mar, foi onde fiz a residência. Sinto saudades daqui, mas venho quando preciso.
Deli chegou e avisou algo a Lily, que saiu junto com ela. Nem vi para onde foram, estava saboreando outro