Zoey
Eu acordei com o peso de um braço forte sobre minha cintura e o cheiro inconfundível de Henry Blackwood.
Não o cheiro de lavanda e poder de CEO, mas uma fragrância mais crua, de pele quente, suor e desejo. Abri os olhos e o vi: ele estava deitado de lado, de frente para mim, os traços severos de seu rosto suavizados pelo sono profundo. Ele parecia, pela primeira vez desde que o conheci, apenas um homem. O CEO impenetrável havia sido substituído por uma vulnerabilidade que me desarmava mais do que qualquer fúria no salão de festas.
Estiquei a mão e toquei a linha do seu maxilar, agora sem a rigidez habitual. Era uma traição de dados. O homem que eu havia analisado como puramente lógico era, na verdade, um poço de emoção reprimida.
O caos da noite anterior estava espalhado pelo chão da suíte: o smoking dele e o vestido azul-cobalto de seda formavam um monte desordenado, simbolizando a destruição de toda a contenção profissional que havíamos mantido por três semanas. O toque de