Depois da conversa que teve com Ricardo, eles nunca mais haviam tocado no assunto, e tudo parecia estar fluindo naturalmente. Já haviam se passado três semanas que ela começou a trabalhar como secretária dele. Rosa manteve uma distância saudável do chefe. Havia encontrado Ricardo somente cinco vezes no total, todas as interações estritamente profissionais, ou pelo menos foi o que ela tentava manter. Entretanto, no fundo, algo no olhar dele permanecia em sua mente, perturbando seu sono.
Era uma manhã relativamente calma. Ricardo não estava na empresa, o que deixou Rosa um pouco mais tranquila para realizar suas tarefas sem a presença sufocante dele.
Por volta das 12h30, o telefone em sua mesa tocou.
— Oi, Rosa, sou eu, Nat! — A voz animada da amiga soou do outro lado. — Só liguei para te perguntar se você quer almoçar comigo hoje?
— Ah, sério? Claro! Adoraria — respondeu Rosa, feliz por ter companhia. — Onde nos encontramos?
— Lá no poste onde você sempre deixa a sua bicicleta estacion