O velório foi simples, no mesmo cemitério onde sua mãe estava enterrada. Rosa cuidou de tudo. Documentos. Sepultamento. Flores.
— Eu quase não tenho lembranças boas com ele — disse a Ricardo enquanto deixavam as flores. — Mas… ao menos, o final foi digno.
— Às vezes, o perdão no fim vale mais que anos de rancor.
Ela assentiu.
— E agora eu posso seguir. Com paz.
[…]
Na varanda da casa, Rosa observava o pôr do sol com uma xícara de chá nas mãos.
— Ele me pediu pra cuidar de mim… disse que minha mãe estaria orgulhosa.
— E ela estaria mesmo — respondeu Ricardo, encostando-se atrás dela e envolvendo-a num abraço quente.
— Você acha que eu vou ser uma boa mãe?
— Se você for metade do que é como mulher, empresária e companheira… nosso filho vai ter sorte em dobro.
Ela sorriu, tocando a barriga.
— Vai ser um bebê forte. Filho de uma mulher que enfrentou o passado… e sobreviveu.
O telefone de Rosa tocou novamente. Dessa vez, era a arquiteta-chefe do novo projeto:
— Rosa, você vai acreditar nis