O dia amanheceu com uma tensão que Laura não conseguia dissipar. A presença de Clara era como uma sombra persistente, e a foto recebida no trabalho havia sido um lembrete brutal de que a mulher ainda tinha suas garras profundamente cravadas em suas vidas. Enquanto Gabriel fazia o café na cozinha, Laura sentou-se no sofá, segurando o envelope mais uma vez.
— Não consigo parar de pensar nisso. — Ela ergueu o envelope para Gabriel quando ele entrou na sala com duas xícaras fumegantes.
— Samuel já sabe? — perguntou ele, entregando uma das xícaras a ela.
— Ainda não. Ele pediu para me encontrar hoje à tarde.
Gabriel suspirou, passando a mão pelo cabelo.
— Laura, precisamos decidir o que fazer se isso continuar.
Ela o encarou, a determinação brilhando em seus olhos.
— Já decidi. Não vou deixar Clara nos intimidar.
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À tarde, Laura encontrou-se com Samuel no mesmo escritório discreto. Ele já estava sentado à mesa, com um laptop e várias pastas abe