Teófilo conhecia muito bem a personalidade de Patrícia, depois do ocorrido, sabia que ela não o manteria mais por perto.
Ele sempre esteve ciente de que esse dia chegaria e seus esforços recentes para evitar confrontos não passavam de tentativas de adiar o inevitável.
Inicialmente, Patrícia serviu a ela um copo de água antes de se sentar numa cadeira ao seu lado.
— Depois de cuidar de nós por tanto tempo, esta é a primeira vez que te sirvo água.
Teófilo, com a mão contra os lábios, desviou o olhar e tossiu algumas vezes:
— Obrigado.
— Você quer tomar algum remédio? — Perguntou Patrícia, preocupada.
— Não é necessário, é só um pouco de tosse, já melhorou bastante.
— Eu realmente te agradeço por tudo. Você é uma boa pessoa, diligente e competente. Deixá-lo cuidando das crianças é realmente um desperdício de talento. Você é tão jovem, deveria tentar fazer mais por si mesmo.
Patrícia falava com delicadeza, enquanto Teófilo segurava o copo com ambas as mãos, seus dedos deslizando lentame