Teófilo, com as mãos trêmulas, pegou a aliança e a carta. O simples ato de abrir a carta fazia suas mãos tremerem incontrolavelmente, como as de um idoso acometido pela doença de Parkinson.
Gabriel falou com uma voz grave:
— Presidente Teófilo, me deixe fazer isso por você.
Na verdade, ler ou não a carta já não fazia muita diferença, todos pareciam ter adivinhado o desfecho.
No entanto, sob o impacto da surpresa e da tristeza, Teófilo lentamente retirou a carta. A caligrafia familiar diante de seus olhos era um lembrete doloroso.
Antigamente, quando ele viajava a trabalho, ela secretamente escrevia cartas para ele. Sem saber o endereço, ela guardava suas palavras numa garrafa enterrada no jardim. Ele, descobrindo por acaso, sempre fazia disso a primeira coisa a verificar ao retornar, escavando em seu "covil secreto" em busca de novas mensagens.
Naquela época, suas palavras e frases eram como as de uma jovem encantadora, não como as desta carta, que, embora curtas, eram claramente