"A golpista se aproximou de mim com um propósito, mas cuidou sinceramente da minha doença e até preparou meus medicamentos antes de partir. Se fosse um pouco mais cruel, eu não estaria tão indeciso. Toda vez que fecho os olhos, é o rosto de Júlia que me assombra, essa maldita mulher, onde diabos ela se escondeu?"
Naquela noite, Patrícia olhou para o céu escuro e se sentiu agitada.
Ela estava com medo, temendo que algum imprevisto a impedisse de partir no dia seguinte.
Teófilo percebeu sua inquietação e, com voz suave e reconfortante, disse:
— Paty, fique tranquila, eu vou te levar.
Naquela noite, excepcionalmente, ele não tentou nada além de abraçá-la gentilmente, e Patrícia, tomada pelo sono, fechou os olhos e adormeceu.
Antes do amanhecer, alguém beijou sua bochecha:
— Paty, acorda, vou te levar para casa.
— Para casa? — Patrícia abriu os olhos de repente, perdendo o sono num instante. — Sim, vamos para casa.
Teófilo acariciou seu rosto:
— Não tenha medo, estou aqui com você, Gabr