Meu amor
OnlineQuem?
Cristina, por que não responde?Seu pai Maison, seu pai estava no motel
Visualizado às 6:20
Você acha que sua mãe estava assistindo?
Visualizado às 6:20
Espero que não, seria horrível para ela.
Eu preciso sair do celular, estão me chamando para outra reunião.
Beijos.
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Coloco meu celular em cima da mesa de centro e termino de tomar meu café, abro a sacola de papel e encontro um muffin dentro da mesma.
Como o pequeno bolo de forma lenta enquanto eu pensava no que havia acabado de acontecer, eu estava torcendo para que minha sogra não tivesse visto o jornal, mas não adiantaria muita coisa, porque muito provavelmente passaria a reprise da notícia.
Termino de comer o muffin ainda com a cabeça nas nuvens, mas ao lembrar que tenho muitas coisas para fazer, eu volto a realidade.
Levanto do sofá e caminho para a cozinha sem pressa, pego as sacolas e começo a guardar as coisas em seus devidos lugares.
Eu ainda estava decidindo se começaria a fazer tudo agora ou se eu esperaria chegar mais perto do horário, assim tudo estaria fresco.
Decido enrolar mais um pouco e só fazer as coisas depois de às 10 horas. Vou em passos lentos até a minha sala de pintura e ali me tranco, eu já estava trabalhando nesse quadro à semanas e finalmente estava chegando ao fim, ao mesmo tempo que minha mente se enchia de inspiração para essa pintura, me vinham a mente ideias para letras de música.
Maison também é um ótimo pintor, ele havia feito um retrato meu, enorme e ficava na minha sala de pintura para me inspirar.
Ele nunca gostou muito da ideia de eu escrever canções e muito menos cantar, por isso eu mantinha minhas músicas em segredo, mas sempre com a esperança de que um dia ele mude de ideia.Assim que termino a pintura, eu olho para a mesma sentindo orgulho do que fiz, estava incrível, não via a hora de mostrar para Maison e minha sogra.
Deixo a tinta de lado e pego uma caneta e meu pequeno caderno de letras.Deixo minha inspiração me guiar e logo na folha do pequeno caderno já tem uma estrofe da música."Askin' myself when will i ever learn
Touchin' the flame, thinkin' i won't get burnedAfter all we've been through, i thought i earned you "Me perguntando quando irei aprender Tocando a chama, pensando que não vou me queimar
Depois de tudo o que passamos, pensei que ganhei você.Olho para o pequeno relógio digital em cima da mesa e o mesmo mostra que já são 10:15, eu precisava correr para fazer as coisas.
Saio do meu quarto de pintura e corro para a cozinha, tiro todos os ingredientes que eu preciso da geladeira e do armário e começo a fazer os cupcakes seguindo a receita a risca.
Após uma hora eles já estavam prontos e eu preparava o glacê para decora-los.Para não ter apenas doces, decidi fazer algumas torradinhas, mas eu precisava de orégano.Guardo os cupcakes na geladeira e pego minha carteira, meu celular e as chaves.Saio do meu apartamento e entro no elevador, e como sempre faço, chamo um carro por aplicativo, para ir mais rápido.
Saio do elevador e vou para o lado de fora do prédio, o dia está ensolarado e a leve brisa do verão sopra meus cabelos e acaricia minha pele, eu amava essa estação do ano.Após alguns instantes esperando, o motorista por aplicativos finalmente chega, entro no carro e o mesmo segue o trajeto que o gps indica até o mercado.
Ao parar em um sinal, olho pela janela e posso observar a praia, as calmas ondas se desfazendo na areia e as crianças correndo e brincando, minha mente viaja e eu permaneço olhando para o lado de fora sem prestar atenção.Logo um barulho atrapalha meus devaneios, algum idiota tinha passado a mil em uma moto e logo atrás vinha um carro cantando pneu.Eu detesto esse tipo de motorista, parece que faz isso de propósito, apenas para chamar a atenção.O resto do caminho é tranquilo, chego ao mercado em 3 minutos.
Saio do carro e pago o motorista, pego um carrinho de supermercado e entro no mesmo.Se tem uma coisa que eu detesto, é fazer compras, não tem nada mais estressante do que isso.Ando pelo mercado passando pelas seções em busca do orégano. Depois de muito olhar, eu finalmente encontro e quando estava prestes a pegar, uma outra pessoa pega o último pacote de orégano.
Me viro para a mesma e vejo que se trata de um homem e eu o reconhecia, era Carteer, amigo de Maison.-Parece que alguém foi muito devagar- Carteer fala enquanto me olha
-Ou alguém foi muito sem noção, você viu que eu ia pegar- argumento e o mesmo da uma risadinha
-Sempre com uma resposta pronta, não é, Cristina- o mesmo pergunta com um sorrisinho cínico.
-Deixe de ser infantil, eu preciso disso- digo já perdendo minha paciência
-Eu posso te dar o que você quer, mas para isso tem que ser uma troca justa- ele diz em um tom malicioso e eu o encaro um pouco assustada.
-Não, obrigada, eu vou procurar em outro lugar- digo e logo me viro para ir embora.
Sinto o mesmo segurar em meu braço e eu já fico tensa, eu não consigo acreditar que depois de um ano ele vai voltar a insistir no erro.
Carteer me puxa para perto colando nossos corpos e por um instante eu prendo a respiração, com medo do que ele possa fazer comigo.Solto o ar lentamente sem saber o que fazer, fecho meus olhos por um instante e logo sinto a mão do mesmo se soltar do meu braço com uma certa força, como se tivesse sido empurrado.Eu ainda não tinha coragem para abrir os olhos, e eu não sabia o que tinha acontecido.-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o...