Capitulo nove

-Você já pode abrir os olhos, já está tudo bem- essa voz conhecida me acalma e logo eu abro os olho me deparando com o meu pai.

Me jogo em cima do mesmo o abraçando enquanto algumas lágrimas escorriam por meu rosto, sinto os lábios dele tocarem minha testa em um beijo carinhoso.

Me separo do abraço e olho para o lado em que Carteer estava, vejo o mesmo se levantando do chão com um olho roxo.

-Senhor Garcia, não era nada do que você estava pensando- Carteer diz sem jeito.

-Eu sei muito bem o que eu vi, rapaz- meu pai diz enquanto olha para Carteer com desgosto -E eu acho melhor você ir embora para que eu não seja obrigado a fazer algo pior- ele diz e da um passo para frente como se ameaçasse o Carteer.

Carteer se vira e começa a andar, mas antes que ele suma de nossas vistas, meu pai avisa.

-Espero que esteja ciente que o concelho vai receber uma ligação minha e eu vou garantir que você nunca exerça medicina- Meu pai fala em um tom alto e me abraça novamente.

-É Senhor Alexandre... o que seria de mim se você não estivesse aqui pai?- pergunto e o mesmo da um sorriso de lado para mim.

-Você teve sorte de que eu estava aqui filha, mas eu não vou poder sempre estar aqui para você, acho que você precisa de umas aulas de auto defesa- Meu pai diz enquanto acaricia meus cabelos.

-Acho que eu preciso mesmo- sorrio de lado para ele e vejo um pequeno pacote no chão -Olha, ele deixou o orégano- dou uma risada enquanto pego o pacote no chão.

-Todas as terças, na nossa casa, às 18- meu pai diz já se afastando de mim.

-Te vejo mais tarde?- pergunto e vejo o mesmo fazer um sinal de positivo com o polegar.

Logo meu pai já está fora do alcance da minha vista.

Volto a fazer minhas compras tranquilamente.

Vou até o caixa e já peço um carro por aplicativo enquanto estou na fila, chegando na minha vez, eu pago por tudo e coloco dentro da sacola os produtos que peguei.

Saio do mercado e espero por alguns instantes o motorista chegar.

Logo um Cobalt prata se aproxima, olho para o meu celular e confirmo a placa do carro.

Entro no veículo e a viagem é rápida, em poucos minutos eu estou em frente ao meu apartamento.

Entro no meu prédio igual a um foguete e logo pego o elevador, saio do mesmo com mais pressa do que entrei e abro a porta de casa.

Maison ainda não havia chegado, então eu tinha um tempo para fazer o que faltava.

Começo a fazer as torradas e peço meu almoço num restaurante que eu amo, só para não ter o trabalho de cozinhar mais coisa.

Após uns trinta minutos, meu almoço chega.

Como com calma enquanto navego pelo meu facebook, mais uma colega minha engravidou.

Nunca vi tanta gente engravidar em um ano quanto estão engravidando nesse.

Pondero um pouco sobre o que o Maison deve pensar sobre filhos, nunca falamos sobre, mas ele parece se dar tão bem com seu primos.

Termino de comer e me dirijo até a pia para lavar as coisas que eu sujei, e tenho que me apressar, pois daqui a pouco todos já estarão aqui.

Lavo a louça com uma certa pressa e termino em uns quinze minutos.

Eu passei a semana inteira pesquisando coisas relacionadas a casamento para poder conversar com minha mãe e minha sogra, mas acho que num momento é um assusto que vai ser evitado, devido ao acontecimento de hoje.

Caminho até meu quarto e pego um vestido florido que bate na altura de meus joelhos.

Pego minha toalha e um conjunto de lingerie e vou para o banheiro.

Graças ao calor que estava fazendo, eu me dei ao luxo de tomar um banho gelado bem demorado.

Saio do box e me seco em frente a porta do box.

Me visto com calma e penteio meus cabelos.

Saio do banheiro e vou até a sala, mal chego no cômodo e já ouço a campainha tocar.

-Já vai- aviso enquanto caminho em direção a porta.

Para a minha surpresa, eu encontro a Senhora Lygia e o Senhor Johnson quando eu abro a porta.

-Cristina minha querida, espero que não tenhamos chegado muito cedo.- Minha sogra fala enquanto me abraça.

-Não Senhora, o Maison que se atrasou um pouco- digo dando espaço para que meus sogros entrem.

Assim que eles entram eu fecho a porta e os levo até a varanda, onde já tinha a mesa posta.

-Aqui tem uma vista muito bonita, uma pena que o apartamento seja muito pequeno para uma criança- meu sogro diz enquanto olha para a cidade.

-C-Criança?- pergunto enquanto me engasgo com minha saliva.

Mas antes que ele possa responder eu ouço o barulho da porta se abrindo.

-Se me derem licença- digo e logo entro na sala.

Vejo que Maison havia acabado de entrar, juntamente com meus pais.

-Você demorou para chegar meu amor- digo enquanto me aproximo de Maison e o abraço, me afasto dele e vou até a geladeira pegar os cupcakes.

-A reunião demorou mais do que eu esperava- ele diz enquanto coloca água para ferver.

Minha mãe se aproxima de mim e me abraça levemente enquanto me cumprimenta.

-Você está bem minha filha?- minha mãe pergunta com um leve sorriso no rosto.

-Estou sim Dona Rosa, e a Senhora?- pergunto enquanto tiro os cupcakes da geladeira

Ela faz um sinal de afirmação com a cabeça e vai andando até a varanda.

Vou atrás dos meus pais e deixo os cupcakes em cima da mesa que tem na varanda.

Retorno a cozinha para buscar a xícaras enquanto Maison leva os bules, um contendo chá e o outro café.

Quando eu estava próxima da porta da varanda, eu tropeço em um relevo que se formou no tapete e deixo duas xícaras caírem, as mesmas quebram na hora.

Maison me lança um olhar mortal, como se eu tivesse matado alguém.

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