— E aí, ele não é gato?
Teresão pergunta.
— É, é bonito!
Digo fazendo uma cara de nojo.
— A qual foi, eu vi essa cara sua.
Andressa diz rindo.
— É que... Sei lá, ele tem um tom arrogante, sem contar que... Deixa pra lá.
— Ele é diretor de um presídio neh, tem que ter essa arrogância, sem contar que homem bonito é sempre assim.
Entramos em um debate sobre isso, nem todos os homens bonitos são arrogantes... Eu defendi essa tese, mas a verdade é que eu queria esconder delas tudo que aconteceu naquela sala e o quanto babaca ele foi comigo, não quis contar sobre o quanto me senti humilhada com as palavras daquele homem.
...
Eu já estava presa três dias, ainda não tive visitas, as meninas falaram que a primeira visita demora mesmo, fazer as documentações necessárias era demorado.
Estou sentada em minha cama ouvindo as meninas discutirem sobre a vida dos artistas que elas liam em uma revista antiga quando a loira rabugenta da carcereira aparece.
— Patricinh