Acordo em uma sala toda branca, eu sabia que era a sala de um hospital, olho para o meu braço e vejo um acesso esquisito no braço, acompanho a mangueira até o alto e vejo uma bolsa de sangue...
— Estamos no postinho.
Ouço a voz de Ju e meu olhar vai até ela que está sentada em uma cadeira.
— O que...
Antes que eu pergunte ela já me responde.
— Por causa da sua teimosia o tiro atingiu uma artéria sua, você perdeu muito sangue, sorte que ela atravessou seu braço e não precisou de cirurgia...
— Preciso do meu telefone...
Peço e a mesma tira ele do bolso e me entrega, a sua cara não era nada boa e seu corpo tremia.
Pego o mesmo e ligo para Nick.
“Fala aí mano, já acordou?”
“To de boa parça, preciso de um favor seu.”
“ Diz aí!”
“Passa lá em casa e pega um moletom meu.”
“Ta maneiro!”
Assim que desligo o telefone o silêncio volta a reinar no lugar, Ju não diz nada e fica o tempo todo mexendo no celular, talvez esteja dando alguma satisfação ao seu namorado e isso me deixa puto.