Alguns dias depois... — A mansão da rua 7 já está pronta. Nick diz rindo sentado a minha frente. — As "primas" chegam amanhã! Estevão roça uma mão na outra sorrindo. — Vocês estão todos assanhadinhos! Digo rindo. — Nick tem que ficar na dele por que se não minha prima capa ele! Essa semana começaria funcionar uma casa de “massagem” aqui no morro, era uma forma de lavar dinheiro que meu contador deu a ideia, não seria algo para eu administrar, mas seria algo que me favoreceria. — Quero você responsável em ficar de olho nos lucros da casa e vê se não se emociona com alguma puta! Zoo Estevão e geral rir. — Me emocionar com puta é impossível, mas talvez eu faça vários testes drivers. O safado diz gargalhando. ....Chego em casa e já vou direto pro quarto, eu precisava bater um lero com Ju, ela andava estranha essa semana e eu já cansei de esperar o tempo dela para se abrir. — Ju?? Chamo subindo as escadas mais Simone chama minha atenção. — Não grita Allan, vai acordar o Jr
Ju... Caminhamos até Anne que chorava muito, já lhe abraço de imediato. — O que Aconteceu? Pergunto ainda grudada a ela. — Ela conversou comigo, mas está bem cansada, era como se tivesse se despedindo. Anne chora muito. — Vamos ter fé. Digo me afastando dela e só então ela percebe Bruno . — Você... Como? Ela está confusa. — Jereh me contou sobre sua vó... Eu... Não queria ir embora antes de ter certeza que você estava bem. Bruno abraça ela e o momento é interrompido pela voz chata da mãe dela. — Quem é esse? — Bruno, amigo da sua filha. Ele a cumprimenta percebendo um olhar estreito da velha. — Bom gente, acho melhor irmos pra casa, Anne precisa comer alguma coisa... Começo a falar, mas Bruno me interrompe. — Eu posso levar ela para comer alguma coi
O trajeto até em casa foi longo, sheik dirigia em silêncio, mas a sensação que eu tinha era que ele ia tacar o carro a qualquer momento em um poste. — Você transou com ele? Ele pergunta do nada. — Vamos conversar em casa, por favor? — VOCÊ TRANSOU COM ELE? Sheik grita e eu choro mais ainda balançando a cabeça afirmativamente. Sheik passa a marcha do carro e acelera mais ainda. Ele não diz nada, só vejo uma lágrima escorrer de seus olhos, ele entra no morro voado, mas ao invés de ir pra casa ele passa direto. Eu sei pra onde ele está me levando, estamos indo para a mata, mesmo lugar onde Breno foi morto pela polícia, ele ia me matar, tenho certeza. Chegamos em uma rua sem saída, dali em diante só dá pra ir a pé. — Desce! Ele manda eu desce também. — Sheik, eu
Sheik não voltou pra casa ontem, já era três da tarde e nada dele voltar pra casa, liguei pra Nick preocupada e ele disse que estava tudo bem com sheik, mas não me disse onde ele está e nem onde ele passou a noite. Sentei no sofá e fiquei mexendo no celular, fiquei stalkeando seus funcionários tentando saber aonde ele estava, mas ninguém postava nada. Lua entra em casa, ela tinha acabado de chegar da natação, ela me vê sentada no sofá e vem até mim. — O que tá acontecendo mãe? Você e papai brigaram? Ela senta ao meu lado e me abraça. — Tá tudo bem amor, tudo vai se resolver. Tento acalma-la. — Não está nada bem, mãe! Eu sei que papai não voltou pra casa e a senhora está chorando desde ontem. — Eu fiz uma coisa muito feia, muito errada e seu pai está chateado... Mas tudo vai se resolver com o tempo, não se preocupe, flor.
Eu sabia onde ficava esse inferninho, então assim que estaciono o carro em frente o lugar já abro a porta e sigo até o estabelecimento. O segurança do local me impede de entrar. — Infelizmente aqui só entra homens, senhora! Mulheres só as que trabalham aqui. Ele diz ficando em frente a porta. — Vim buscar meu marido! Digo o encarando de braços cruzados. — Sinto muito, senhora. Mas vai ter que esperar seu marido em casa e resolver esse problema lá. Nem me dei ao trabalho de falar quem era o meu marido. Dou as costas a ele e volto para o carro, abro o porta luva e mexo na bagunça que tem ali e como eu esperava logo acho uma arma. Eu não sei muito bem como manusear ela, mas aprendi algumas coisas vendo meu pai e sheik mexendo. Quando fecho a porta do carro e me preparo para voltar ao inferninho dou de cara
Estou sentada em minha cama quando ele entra no quarto, eu nem o encaro por muito tempo, abaixo a cabeça pensativa, tentando por meus pensamentos em ordens... — Não aconteceu nada lá! Ele diz me encarando. — O que vai ser de nós? Pergunto enfim olhando pra ele e uma lágrima escorre. — Eu não sei... Ainda dói saber que outro cara te tocou... — Isso é um fato que infelizmente não vai mudar... Antes que eu continuasse falando ele pergunta: — Por que não me contou assim que saiu da prisão? — Eu sabia que você não ia me perdoar, sabia que isso aconteceria... Soluço. — Se o que aconteceu não significou nada, por que você foi encontrar ele naquele restaurante? Ele senta ao meu lado, faz as perguntas olhando para o chão. — Tem alguns meses que estou recebendo ameaças, me enviaram mensagens falando que iam te contar, eu me apavorei, peguei o número dele no Google e quis perguntar se era ele que estava fazendo as ameaças... — E era ele? — Não! — Como você tem certeza? — Eu nã
Andávamos pela orla de Copacabana, estamos em silêncio admirando o mar, o dia estava sol, mas como era mês de junho não estava muito quente. — Qual o rolo seu com ela? Bruno me tira dos meus pensamentos. — Eu conheci seu irmão ainda era muito nova, ele era insistente e não cansou até conseguir ficar comigo... Não nos desgrudamos mais, minha mãe quando descobriu que ele era do movimento me proibiu de ter algo com ele, mas aí ficávamos escondidos, eu fugia a noite para encontrar seu irmão no baile, até que ela descobriu e me deu um ultimato. Seu irmão alugou uma casa pra mim e foi quando descobri que ele era casado... Eu até tentei me afastar dele, mas eu já estava completamente apaixonada por ele. Quando decidi que não queria mais ser a outra e fiz ele escolher, ele escolheu a esposa e foi quando fui procurar minha mãe, eu não queria mais ficar no morro, mais ela só me atendeu pelo portão, como se eu fosse um morador de rua e se não fosse minhas amigas, eu estaria morando mesmo na
Acordei por volta das 8 da manhã, me espreguiço e abro os olhos, vejo Bruno sentado na mesa me encarando. — Bom dia. Ele diz me encarando. — Bom dia. Respondo com um meio sorriso, ele tinha pedido café da manhã, a mesa estava cheia de coisa. — Vem tomar café. Ele me chama e eu me levanto, vou no banheiro escovar os dentes e lavo o rosto, quando estou indo pra mesa reparo a mala dele pronta e perto da porta, reparo que ele está de banho tomado e arrumado, franzo a testa sem entender, mas ele não diz nada. Me sento a mesa e ele começa a me servir. — Suco ou café? Ele pergunta. — Suco! Ele coloca no copo e me entrega. — Pão ou torrada? Mais uma vez ele me pergunta, mas ele não está me olhando. — Só um pedaço de queijo minas, mais nada... Você vai embora hoje? Pergunto enquanto ele me entrega o prato com uma fatia do queijo. — Consegui uma passagem para mais tarde, vou te deixar na sua amiga e depois vou para o aeroporto, almoço lá e depois pego o voo. Abaixo a cabeça m