Depois daquela treta com a Camila, resolvi cair fora. A ideia era sumir do mapa de Luiz, mas o maldito parecia ter radar.
Edson não encheu o saco, mas na hora não tinha nenhum canto decente para alugar.
— E se você ficar na minha casa até arrumar coisa melhor? — Sugeriu Edson.
Eu sabia que Luiz já tinha fuçado meu novo endereço, e Edson estava com medo que o cara aparecesse quando ele não tivesse por perto.
— Sua casa? — Perguntei de volta, arregalando os olhos.
Edson ficou corado igual tomate, mas dessa vez segurou o olhar e acrescentou:
— É... Nem esquenta a cabeça. Tenho dois quartos, cabe você de boa.
— Mas não dá para gente viver eternamente em dois cômodos.
Na minha casa era assim, e na dele provavelmente também. Quando que a gente ia poder morar junto de verdade, igual à Camila insinuou?
Os olhos do Edson arregalaram feito bolas de sinuca, como se eu tivesse soltado uma bomba. Eu, safadinha, continuei provocando, sabendo exatamente como ele ia reagir.
— Ângela...
Peguei o car