No carro, Mirella continuava tentando ligar incessantemente para o telefone da filha.
— Ainda está desligado. — Ela olhou ansiosa para o marido. — Valentina nunca fica tanto tempo sem atender.
— Calma, vou ligar para o Francisco. — Marcelo falou enquanto dirigia.
O telefone chamou por um longo tempo antes de ser atendido.
— Sogro? — A voz de Francisco soava estranha, grave e cansada.
— Francisco, a Valentina está aí com você? — Marcelo perguntou, aflito. — O telefone dela está desligado, não conseguimos encontrá-la. O advogado disse que ela transferiu todos os bens para a Beatriz, estamos preocupados que ela...
Do outro lado da linha, houve alguns segundos de silêncio.
— Sogro, sogra, vocês... onde vocês estão agora?
— Estamos a caminho da sua casa. — Mirella tomou o telefone. — Francisco, a Valentina está com você? Ela está bem?
— Venham... venham rápido. — A voz de Francisco ficou ainda mais baixa.
— O que aconteceu? — O coração de Mirella disparou. — A Valentina aconteceu alguma coi