Francisco lia a carta, com as mãos tremendo cada vez mais.
A carta detalhava o estado de saúde de Valentina, suas escolhas e os últimos três dias de seu percurso emocional.
A mãe de Valentina desabou ao ler metade da carta:
— Minha filha... minha pobre filha!
Nesse momento, Olívia ligou a televisão e inseriu o pen drive:
— Foi a senhora quem me pediu para exibir isto hoje.
As imagens da câmera de segurança mostraram com clareza tudo o que havia acontecido no hospital três dias atrás.
Francisco não hesitou em dar a oportunidade de tratamento para Beatriz, nem sequer perguntou a opinião de Valentina.
Em seguida, veio uma gravação.
Era uma conversa entre Beatriz e seu amante, João.
Cada palavra cortava o coração de todos ali, como uma lâmina afiada.
— O plano correu bem, Valentina está quase morrendo.
— Eu fingia estar doente todos esses anos e ela nunca desconfiou...
A sala ficou mergulhada em um silêncio sepulcral.
— Não! Isso é mentira! — Beatriz gritou em desespero.
Mas ninguém deu at