— Não, pela deusa eu não posso fazer isso! — falei para Marius.
 Meu coração batia descompassado e meu sangue estava congelado, o horror do que ele estava propondo me fazia querer vomitar e eu virei de costas para que ele não visse a cor abandonando o meu rosto.
 Como eu poderia machucá-lo? Como poderia cortar suas mãos a sangue frio com um machado?
 Marius sacudiu suas mãos contra as correntes fazendo um barulho terrível.
 — Jane! Caramba vire-se para mim agora! — ele ordenou, sua voz ainda imponente mesmo estando tão ferido.
 Eu estava me tremendo, todo o meu corpo tremendo enquanto continuava de costas para ele.
 — Eu não vou fazer isso, não vou. Quando ele chegar vou atacá-lo com o machado, depois pego a chave e liberto você. — falei, ainda sem olhar para ele.
 Ele voltou a bater as correntes no suporte de ferro para chamar minha atenção.
 — Isso, vou acertá-lo bem na cabeça! — falei e me abaixei para pegar o machado, mas Marius bateu com mais força e gritou:
 — Jane! OLHE PARA MIM