DEMETRIUS ELDRYN —Como porra ela sumiu? — gritei ao telefone. Eden o meu lobo caminhava de um lado a outro em minha mente, seus dentes afiados a vista, seus pensamentos sangrentos se misturando aos meus. Jane havia desaparecido de seu apartamento há horas e o chefe de segurança só estava me comunicando naquele instante. Me levantei da cadeira, meu quarto estava completamente silencioso antes do celular tocar. Meus pensamentos ainda estavam em Jane e aquele maldito lobo negro que invadiu seu apartamento, meu desejo era arrastá-la comigo para Eldrynhouse, mas eu não queria que ela me comparasse ao macho que a sequestrou. Ela tinha que vir por sua decisão. Mas agora, ouvindo que ela desapareceu do prédio, o arrependimento de não a ter forçado a vir estava corroendo a minha alma. Se aquele macho a levou? Se estivesse fazendo coisas com ela? Eu não conseguia nem sequer respirar enquanto pensava nisso, enquanto meu lobo empurrava essas imagens imaginárias em minha mente em uma ten
Os olhos de Marius ficaram ainda mais vermelhos e ele foi envolvido por uma aura de violência quase sufocante. O macho engoliu em seco e deu dois passos para trás, suas garras se alongando cada vez mais, seus ombros tensos. Ele fechou os olhos por alguns segundos, até que novamente a voz de Demétrius soou. Alta e clara, furiosa. Ele podia sentir o meu cheiro dentro da cabana. E o de Marius, eu sabia disso. — Saia da frente da porta, agora. — Marius rosnou para mim e só então percebi que eu estava bloqueando a porta com o meu próprio corpo. Arfei, enquanto Demétrius continuava gritando pelo nome, a cada palavra sua, eu via Marius ficar ainda mais envolto em violência. Seus olhos estavam intensamente vermelhos, seus ombros tensos e suas garras longas, seus dentes afiados. — Saia da frente, agora. Deixe-me falar com ele. — Ele rosnou novamente, mas dessa vez caminhou em minha direção. Assim que sua mão tocou o meu ombro para me puxar, eu o empurrei para longe, Marius quase perdeu o
Arfei ao ver as armas apontadas para a cabeça de Marius. Seu corpo grande e musculosos estava sobre o meu e ele tentava usá-lo como um escudo para mim. Sem pensar, eu o empurrei para longe, me levantando e ficando a sua frente, tentando defendê-lo com o meu próprio corpo. — O que está fazendo porra! Para trás de mim! — eu o ouvi rosnar atrás de mim e logo senti sua mão em meu ombro. Afastei-o e gritei: — Não me toque! Eles não vão me machucar, eu sou a companheira do príncipe! — eu olhei cada um daqueles lobos em suas roupas pretas e azuis com as cores da família real. Encarei-os os desafiando a me contradizer e vi em seus olhos que não estavam ali para atirar em mim. De repente, todos aqueles machos começaram a abrir caminho, naquele espaço criado por eles Demétrius surgiu caminhando a passos lentos e firmes. Seu olhar azul intenso se fixou em um ponto atrás de mim, em Marius. Eu podia ouvi-lo rosnar, pronto para atacar Demétrius. Pela deusa, aquela situação podia terminar em t
Seus olhos de Jade me encaravam e eu podia ver sua respiração acelerada. Seu coração batendo descompassado, meu toque em seu rosto o fazendo estremecer. Todo o meu corpo sentia a aflição que se aprofundava no coração do príncipe, seus olhos de Jade eram como um lago tão profundo e escuro que se você olhasse muito tempo, se perdia neles. Seus olhos não estavam azuis como os de seu lobo, suas presas não estavam afiadas, e seu corpo não estava em um estado de alerta sobre mim. Minhas mãos ainda estavam segurando seu rosto em concha, eu estava por alguns segundos mergulhada em seus olhos de Jade, no toque áspero de sua barba por fazer. Suas mãos ainda seguravam os meus pulsos, mas ele não parecia querer me fastar, ao invés disso, o macho deu um passo à frente, deixando nossos rostos ainda mais próximos. — Você está certa, Jane. Eu não me importo com os crimes que ele cometeu. É tudo por você. Se eu apenas tivesse encontrado você antes... — Demétrius se lamentou e encostou sua testa na
MEG Tudo ao redor parecia diferente. Meus olhos estavam ardendo e todo o meu corpo parecia diferente. Eu ouvia vozes profundas e sentia aromas que nunca havia sentido. Lentamente comecei a me tornar consciente de mãos tocando a minha testa, meu corpo estava pesado sobre uma cama macia demais. O suor descia por minha testa e eu sentia sede. Uma sede implacável, que fazia minha garganta doer. Abri os olhos e a primeira coisa que vi foram pares de olhos azuis muito claros, quase brancos me encarando de volta. Seus cabelos estavam presos em uma trança, cabelos castanhos espessos, sua expressão foi se iluminando à medida que eu me tornava mais consciente de sua presença. — Ela despertou, veja. — A voz masculina daqueles olhos claros como o céu anunciou. Ele era um macho, apesar de seu rosto ser muito delicado para um. Quando me sentei, fiquei chocada ao olhar ao redor. Eu estava em um quarto sem janelas, as paredes eram de um tom creme e não havia muita mobília. Exceto a cama de d
Todo o meu corpo estremeceu ao ver Tristan. Seus olhos estavam ardendo em chamas incandescentes, seu olhar se fixou no vampiro me segurando e a primeira coisa que notei no macho foram seus dentes se alongando. Tristan sentia algum tipo de posse sobre mim, seu aroma exalava isso e deixava claro para todos naquele quarto. Mas a única coisa que eu conseguia pensar era que não desejava que ele me visse daquela forma. Eu não era mais uma loba vermelha, eu não era mais de sua espécie. Agora eu era uma vampira que precisava de sangue humano para sobreviver. — Tire-o daqui. Por favor... — implorei para Cassius enquanto virava o rosto, afundando-o em seu peito. Não conseguia mais encarar Tristan parado na porta chocado demais com a minha aparência para dizer qualquer palavra que fosse. Eu sentia vergonha de mim mesma. Quem havia sido tão monstruoso que não me deixou ter uma morte honrosa e me trouxe de volta como um monstro bebedor de sangue? Quem me odiaria a esse ponto? Já não basta
TRISTAN Ela estava diferente. Seus olhos estavam de uma cor diferente, estavam de um tom de verde quase surreais, como se eu estivesse olhando para uma pintura muito realista. Seus machucados haviam desaparecidos e eu não via sinal de sangue em seu rosto, também não ouvia seu coração. Nádia, irmã do rei dos vampiros havia me explicado como acontecia a transformação, se Meg retornasse, o que havia grande chance de não acontecer, ela voltaria como uma morta viva. Não seria como os nascidos vampiros, seria mais como os humanos transformados. E eu lamentava por dar essa vida a ela. Sem filhotes, sem um coração batendo. Mas como eu poderia deixá-la partir? Que a deusa me castigasse por isso, mas como eu poderia não tentar mantê-la comigo? Eu não conseguia nem sequer me imaginar existindo sem Meg... — Meg... deixe-me tocá-la. Por favor. — Implorei. Seu olhar verde florescente desceu para os meus pés, e naquele instante eu senti que ela estava sentindo vergonha de si mesma. Como isso
MEG Seu toque e suas palavras faziam todo o meu corpo estremecer. Eu ansiava por aquele macho mais do que qualquer outra coisa. Eu o desejava com a minha alma, contudo, não era essa a vida que eu queria para mim. Seu toque fazia todo o meu corpo responder a ele, e tudo que eu desejava era poder me entregar aquele macho. O som da sua voz fez com que meu corpo chegasse ainda mais perto dele, clamando pelo seu toque. — Isso não está certo, eu deveria ter morrido... com que direito você me condenou a essa vida? — murmurei, meu coração sendo despedaçado a cada palavra. Tristan balançou a cabeça em negação, abri a boca para continuar dizendo que ele não tinha esse direito, mas o macho colocou seus dedos em meus lábios pedindo que eu me calasse. — Eu não tinha qualquer direito de trazê-la de volta nessa forma, mas eu fiz isso e não pode ser desfeito. A única coisa que posso dar a você é meu coração Meg, meu coração e minha lealdade. Juro pela deusa, aonde for, eu vou. Seus olhos verd