Miguel ouviu que ela não respondeu e perguntou:
— Você parece não estar feliz?
Ela não sabia como conseguiu sorrir e brincou:
— Não estou infeliz, só achei muito repentino. Por que se mudou para cá?
— Quero ficar mais perto de você.
— Mas tão perto assim, você não tem medo do Theo descobrir?
— Eu deveria ter medo dele? — A ironia nos olhos de Miguel era inconfundível.
Luiza disse com dificuldade:
— Claro que você não precisa ter medo dele, você é mais poderoso que ele. Mas minha avó está sendo vigiada pelos homens do Theo, e eu não sei quantos empregados ou seguranças em casa são espiões. Por favor, aguente um pouco e não me coloque em dificuldades, ok?
— Como eu te coloquei em dificuldades?
— Não, não foi isso que eu quis dizer. Quero dizer, você pode me ajudar, por favor? — Luiza implorou a ele, realmente estava sem saída. Miguel agora era um fator instável, como uma bomba-relógio. Além de planejar resgatar a avó, Luiza ainda tinha que acalmar os ânimos dele.
Miguel disse, descontent