Ela recusou gentilmente sua companhia distante.
Theo assentiu com cortesia e, lançando um olhar para Miguel, partiu.
Depois que ele saiu, Luiza permaneceu parada à porta da UTI. Seu pai havia sido transferido para lá hoje e ela precisava ficar para garantir que tudo corresse bem.
Miguel ficou ao seu lado, tirou seu próprio paletó e o colocou sobre os ombros dela.
- Já jantou?
Luiza olhou para ele, seus olhos encontrando os dele, frios e solitários.
Percebendo que ela estava prestes a dizer algo, Miguel mudou rapidamente de assunto:
- Eu pedi ao Eduardo para trazer comida.
Luiza não disse nada.
Ela queria conversar com ele.
Miguel escolheu alguns pratos que ela gostava, abriu algumas marmitas térmicas e colocou-as na frente dela, até descascou alguns camarões para ela.
Luiza comeu em silêncio.
Após a refeição, Miguel olhou para o parto dela. Alguns camarões que ele descascou ainda estavam lá. Seu olhar ficou um pouco sombrio e complexo.
- Por que você não atendeu meu telefonema hoj