Luiza se virou e viu que Miguel estava encostado à porta, exalando uma aura inexplicável de charme.
Deus era injusto. Não apenas lhe conferira poder supremo, mas também o dotou de uma aparência perfeita e sedutora.
- Você comprou isso? - Perguntou ela.
Os olhos de Miguel encontraram os dela, e ele sorriu.
- Sim, se gostar, pode levar.
- Obrigada. - Respondeu Luiza, recolocando a bolsa.
Da última vez, o colar de diamantes cor-de-rosa que ele lhe deu também foi guardado no guarda-roupa. Se não era dela, ela não pegava.
Ao ver a bolsa sendo devolvida, o rosto suavizado de Miguel se tornou frio novamente, e ele perguntou com gravidade:
- Não quer?
- Não, não é necessário. Esta bolsa é valiosa demais, se eu a estragar, não posso pagar. Vou apenas dar uma olhada no design e depois desenhar um para mim. Leve para a Clara, ela vai certamente gostar. - Respondeu Luiza ao colocar a bolsa de volta, indo em busca de uma camisa para ele.
O rosto de Miguel endureceu e, sem expressão, ele afirmou: