Ele estava com febre.
Uma febre muito alta.
Ele estava deitado na cama do hospital, tremendo suavemente, suas memórias voltaram à infância, quando Zeca abriu a porta de casa, se abaixou na altura dele e chamou:
- Miguel
- Papai!
O pequeno Miguel tinha apenas alguns anos, correu para os braços do pai...
Seu pai era tão bom, mas foi morto por criar um chip que poderia abalar o mundo inteiro...
A pessoa que o matou era o pai de sua esposa...
Seu coração doía como se estivesse prestes a se partir, murmurando baixinho:
- Pai... Luiza...
Uma mão segurou a dele.
- Irmão!
Nanda olhou para baixo, vendo o rosto pálido e rachado de Miguel, sentindo-se extremamente angustiada, ela pegou um cotonete, molhou-o e passou nos lábios secos de Miguel.
Miguel estava sonhando e não estava consciente, apenas murmurando constantemente.
Eduardo abriu a porta do quarto com suprimentos e viu a Nanda dando água a Miguel. Ele rapidamente se aproximou e pegou o copo de água da Srta. Nanda.
- Srta. Nanda, me dei